sexta-feira, 19 de julho de 2013

Paródia





Paródia da música “Asa Branca” de Luiz Gonzaga.

Sempre que olho a minha volta
E analiso a realidade
Eu percebo o quão diverso, ai
É a nossa sociedade

Eu percebo o quão diverso, ai
É a nossa população

Tem índio, branco e negro
Formando uma só população
Então por que ignorar
A nossa miscigenação

Então por que ignorar
A nossa miscigenação

Em meio a tantas diferenças
De ser, viver e gostar
Não perdemos as esperanças
De o respeito sempre imperar

Não perdemos as esperanças
De o respeito sempre imperar

Hoje vejo o preconceito
Humilhar o cidadão
Isso tudo tem um jeito
Só através, da discussão

Isso tudo tem um jeito
Só através, da discussão

E assim não adianta
Diminuir a descriminação
Sem antes, conhecer o processo histórico, viu
Que passou, viu
 Nossa população                                          

Sem antes, conhecer o processo histórico, viu
Que passou, viu
 Nossa população

Jornal a Voz da Escola


domingo, 14 de julho de 2013

Uma Questão para ser Analisada e discutida em sala de aula: A Diversidade Etnicorracial.


       
        A diversidade etnicorracial está presente em todos os espaços e não podemos negar esse fato, pois o Brasil é um país formado por diversas cores, culturas e costumes, por isso, vem ampliando-se nas últimas décadas os debates e produções acadêmicas relacionados ao tema. Apesar da consciência que temos da diversidade que compõe o nosso país, essa diversidade ainda não encontrou um reforço na equidade de direito a bem materiais e ao exercício da cidadania, e assim, mesmo a diversidade sendo vista como algo belo e importante ainda deixa margens para o racismo em diversas formas e o aumento das desigualdades.
            Ao longo da história da sociedade brasileira a população negra e indígena vem sendo tratada com inferioridade, dessa forma, o racismo continua muito presente , pois , mesmo com o Brasil formado de diversos, esses diversos não são olhados como deveriam, o que vemos é a desvalorização e o desrespeito, ou seja, as pessoas são olhadas e tratadas hierarquizadas de acordo com sua origem, pois a ideologia do branqueamento, em que o branco é superior e melhor,  impôs esse valor social que ainda vigora de forma muito resistente em nossa sociedade.
            No campo das políticas públicas vemos conquistas significativas como a criação da lei 10.639/03, substituída pela lei 11.645/08, que modifica a lei de diretrizes e base da educação nacional, tornando obrigatório o ensino da história e cultura africana e afro-brasileira nos currículos escolares.
            Tanto no cotidiano social quanto pedagógico ainda predomina o mito da sociedade formada por três grupos etnicorraciais: índio, negro e branco. Esse grupos são vistos de forma estereotipadas, assim os índios são vistos como primitivos e atrasados, como se eles tivessem parado no tempo. Aos africanos são atribuídas as características de primitivos, fortes, tendência para imoralidade e hiper sexualidade. Um exemplo claro dessa visão é a folclorização que ainda ocorre no dia 19 de abril, o "dia do índio", que confirma a visão excludente que a escola apresenta. As crianças se pintam  e colocam na cabeça uma faixa de papel com penas coladas como se índio fosso um desenho animado, deixando de lado toda uma história que poderia ser debatida durante todo  o ano e não apenas em um único dia.
            Portanto, a escola como espaço de múltiplas possibilidades para a formação humana, deve promover em todos os sentidos a inclusão. Levar os alunos a refletirem sobre o processo histórico do nosso país é o primeiro passo, ou seja, a escola deve apresentar  currículos que deem conta da diversidade etnicorracial que constitui a sociedade brasileira e todas as injustiças que existiram e que ainda existem. Mas, apesar de os PCNS definirem a pluralidade cultural como tema transversal, o que vemos são aulas com conteúdos descontextualizados e repetitivos, pois mesmo com o avanço nas discussões sobre a diversidade etnicorracial, essa temática é pouco trabalhada nas salas de aula.